domingo, 21 de abril de 2013

Passou da conta, extrapolou
Toda delícia amarga do sentimento
Quando adoça demais a boca
Sempre traz consigo aquela sensação de ser surreal
Meu peito agora queima, arde num fogo mágico
Já não é de hoje, hora queima de amor, hora queima pela dor
Acostumo-me a estas intempéries dos sentidos
Habituo-me com este zig-zag de emoções
Perdido em meu mundo particular
Tento dormir, em vão, tenho medo do escuro
Porque dentro de mim o manto negro é vivo
E minha existência se resume ao nó na garganta
Ao aperto no peito, quase sem fé
Meus anceios mais altos
Permanecem em minha alma

domingo, 14 de abril de 2013

Infinito

Não penso que posso
Em meu sonho ébrio
Ter a ti, nobre candura
Pois sois como o vento
Passageiro e volátil
Não sonho que sejas a ti
Tão cara quanto sois a mim
Desejo tua doce candura
Tua alma mais pura
Teu amor, meu recanto
Pois sei que sois ar
E em ti se propaga
Se apaga e finda
Minha ternura profunda
Em ti se oriunda
E sem que desejeis
Em ti se finda
Sois meu mundo
Tão profundo
Mas penso que desagrado
Teu sorriso tão caro
Transformando em pranto
Tão nobre sentimento
Penso que por hora
O que posso fazer
É chorar e viver
Sem ter teu encanto
Tão próximo a mim
Sei que não és o fim
Pois sendo o amor
Infinito és seu valor
E infinito és meu amor
Que clama por ti...