terça-feira, 31 de dezembro de 2013

NOITE













agora, todos dormem
apenas o sibilar de grilos ecoa
todas as vozes se calam
o breu domina a noite
assim como domina os olhos dos justos
que dormem tranquilamente em suas camas
o silêncio me incomoda
não consigo dormir
meu corpo todo reclama
a brisa leve, refrescante
acalma meu coração
minha cabeça não sosega
grita, esbraveja, incomoda
ouço perfeitamente o rugido da noite
urrando e me convencendo
que apenas posso sair
fugir, correr
mas nunca me esconder
do que aflinge minha alma
perturba meu espírito
sigo aguardando
atento e desperto
na noite tranquila
meu mundo se agita e grita
ainda espero

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